Simplificação corporativa da Natura avança, enquanto rentabilidade é impactada por cenário macroeconômico e integração na Latam
- No 3T25 a empresa anunciou acordo para a venda da Avon Internacional, que deve ser concluída no primeiro tri de 2026, e finalizou a venda da Avon na América Central e República Dominicana
- Resultado operacional da América Latina reflete desaceleração do consumo no Brasil e efeitos transitórios da integração com a Avon no México e na Argentina
- Companhia reitera compromisso com evolução da rentabilidade no ano completo de 2025 em comparação com 2024
São Paulo, 10 de novembro de 2025 – A Natura (B3: NATU3) reportou hoje os resultados do terceiro trimestre de 2025. A receita líquida consolidada foi de R$ 5,194 bilhões, redução de -3,8% no ano contra ano em moeda constante. O resultado reflete os efeitos da desaceleração do mercado de beleza no Brasil, além de impactos operacionais temporários e esperados da integração com a Avon na Argentina e no México.
A operação mexicana apresentou retomada da performance ao longo do 3T25. No Brasil, a marca Natura fechou com receita estável. Já na América Hispânica, registrou crescimento em todos os países, excluindo a Argentina, onde a estabilidade é esperada a partir do início do próximo ano.
A redução de receita decorrente da restrição de consumo no Brasil e das dificuldades operacionais temporárias na Argentina e México – três mercados que juntos somam cerca de 85% do negócio – implicaram em menor diluição de despesas. Com isso, a margem EBITDA recorrente na América Latina foi de 11,7% (-360 bps). A margem bruta se manteve saudável em toda a região.
“Estamos confiantes na melhora da rentabilidade no próximo trimestre e mantemos nosso compromisso de expandir a margem EBITDA no ano completo de 2025. O México estabilizou no final do trimestre e a Argentina já mostra sinais de recuperação. Ao mesmo tempo, ações já iniciadas de eficiência e contenção de despesas contribuirão para a melhoria da rentabilidade. Continuamos com o objetivo de expandir nossa liderança na América Latina, inclusive no Brasil, além de acelerar crescimento e rentabilidade nos mercados hispânicos, em especial no México”, comentou João Paulo Ferreira, CEO.
A Natura segue avançando com a estratégia de omnicanalidade. Os canais digitais e varejo continuaram a apresentar crescimento acelerado, sendo importantes alavancas para geração de receita. A expansão do varejo se manteve em ritmo sólido tanto no Brasil, com 89 novas lojas, quanto na América Hispânica, com 32 pontos de venda adicionais.
A penetração do Emana Pay, a fintech da Natura, atingiu 36% da base de consultoras, crescimento de 50% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O ecossistema de soluções financeiras melhora o acesso a crédito e é uma importante alavanca da produtividade do canal.
Simplificação corporativa próxima do fim
No 3T25, a Natura completou a integração com a Avon em toda América Latina. O processo de simplificação corporativa também avançou com a conclusão da venda da Avon na América Central e República Dominicana. Além disso, a empresa anunciou acordo para a venda da Avon International, excluindo a Rússia. A transação deve ser concluída no primeiro trimestre de 2026 e a companhia segue avançando com soluções estratégicas para a operação russa. A marca Avon na América Latina segue sob gestão da Natura.
Com o acordo para a venda dos ativos da Avon International, o balanço deste trimestre trouxe uma baixa contábil não recorrente e sem efeito caixa de R$ 1,8 bilhão, que não afeta a operação.
Regeneração
A Natura também anunciou que adotará, a partir do ano fiscal de 2025, os novos padrões IFRS S1 e IFRS S2, que conferem maior transparência e comparabilidade às divulgações financeiras relacionadas a sustentabilidade e clima. Com isso, a companhia se posiciona entre as primeiras do Brasil a se antecipar à obrigatoriedade. Neste mês, a empresa participa da COP‑30, em Belém, buscando dar visibilidade e escalar soluções climáticas e socioambientais na Amazônia, território no qual atua há mais de 25 anos.